Wednesday, September 27, 2006

Caso 31

Relatando uma história real, foi-me gentilmente enviado por Marcos Catalan, a quem muito agradeço.
Ontem, início da noite, fui com minha filha alugar um DVD para ela.Exigência da escola. Encontrado o título, fomos ao caixa. Eu distraído. Diza moça da loja:"Por favor, sem sorrir". Aí eu prestei atenção. Havia uma câmera fotografando o rosto lindo, e agora sério, da minha filha. A foto mostradatinha um ponto denso bem no centro. Perguntei à moça da loja o que era aquilo. Ela me respondeu, tranquilmamente, que estavam testando um sistemapara registro e controle dos clientes, de um modo muito rápidop e simples.Disse-me ela tratar-se de um software acoplado a uma máquina fotográficadigital, o qual calcula a distância entre o centro dos olhos, cruza linhasentre estes e o centro da boca, calcula a distância do nariz até ...Educadamente, interrompi a moça e lhe perguntei: e se eu não quiser serfotografo, esquadrinhado, registrado? A resposta foi: Bem, estamos testandoo sistema e, por enquanto, está indo bem. Não houve nenhuma repetição.Quando o sistema estiver implantado, não precisa dizer nada. Basta ficar nafrente da câmera (sem sorrir, já aprendi) que já saberemos se a pessoa écliente ou não, e quem é. Acho que, se não quiser, não vai poder levar ovídeo. Não sei ainda. Tentei filosofar com a moça sobre questões relativas àprivacidade, àimagem e outros temas relativos aos direitos da personalidade, mas fuiinterrompido por minha adolescente filha linda: "ô pai, não arruma confusão.acho super legal"! Pois é, estou meio perdido. O que é certo; o que éerrado? O que pode; o que não pode?