A Florianabela é uma menina pura e angelical, que não se cansa de cantar que “pobres dos ricos, que tanto têm, p’ra que é que serve tanto dinheiro, pois faltam sonhos, falta vontade, falta o tempo e a liberdade, vivem com medo de perder algo, muita arrogância e muita ganância, falta o tempo e a esperança”. Florianabela é feliz, apesar de não ter nada, mas tendo, tendo tudo, porque é rica em sonhos, e pobre, pobre em ouro.
Mas um dia a mãe ficou muito doente: sendo verdade que só por ter dinheiro, não compra amigos, estrelas, um amor verdadeiro, é igualmente verdade que a pureza dos sentimentos, não pagam a conta do hospital. Para tanto, engendrou um plano com a Estrelita, de molde a raptar um filho de Frederico Fritzenwalden, de forma a persuadi-lo a oferecer-lhe 50.000 Euros. Por ideia da Estrelita, Florianabela contratou um falsificador e vendeu estes quadros como se fossem os verdadeiros, a incautos compradores. Ainda insatisfeita, simulou estar apaixonada, para receber generosas prendas de um septuagenário doente.
Mas o amor da vida de Florianabela é Estrelita: por viverem como um casal há mais de dois anos, candidataram-se para adoptar duas crianças, ao abrigo do Decreto-Lei 101/07 de 14 de Fevereiro de 2007, que disponha no artigo 2º: “as mulheres que vivam maritalmente há mais de dois anos, podem adoptar crianças, porquanto, se a afectividade de uma mulher é enorme, de duas será ainda mais intensa”.
Quid Juris
Pequenas estórias em ambiente jurídico, para ler, talvez pensar, quiça sorrir...
Thursday, February 15, 2007
Caso 44 (introdução ao Direito)
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
10 comments:
É assim, ter humor tudo bem. agora ver pessoas ligadas ao mundo da justiça e brincar com ela faz-me um pouco de confusão
Olha e já agora não sei resolver casos práticos de direito civil, podias publicar no teu blog um caso a sério e ver como ele é resolvido? eu vou ter exame a introdução e gostaria de ter meios para me safar
Meu Caro Anónimo, duas notas breves! Onde brinquei com a Justiça ou, no caso, com o Direito?
Isto são casos a sério, retirados de exames! Sobre o seu exame e a dificuldade em resolver casos, aconselho-o a contactar o seu professor...
Ó campeão, ta se bem, tb nao te queria ofender e dizer q andavas a brincar com a justiça. Mas agora acho graça ao facto de se fazerem casos práticos e nao resolve-los. Quer dizer, criatividade para os criar nao falta, para os resolver ja falta? lol
Eu acho q este blog se for para colocar casos nao resolvidos, no sentido de dar pedagogia aos alunos, nao faz sentido. A não ser para fazer rir os outros, mas q eu saiba vai começar em outubro uma nova série dos gato fedorento, por isso nao valia a pena o esforço. lol
Pois é, se eu quiser me rir não falta pra onde ir. Agora se quiser apreender direito o Direito, nem na Internet encontro. Nem na Universidade. Relativamente ao professor, ele tb me disse quando eu precisava dele, para contactar gente q tivesse mais tempo, q ele nao tinha tempo.
Desculpa la a frontalidade, mas se comentários como o meu forem censurados, entao o q dizer do scolari......
MEu Caro, não vou alimentar querelas. Como tudo o que faço na vida, aceito as críticas!
Semp+re reconheci que tenho um estilo próprio de realizar casos práticos, que podem não ser do agrado de todos.
Sobre o blogue, é um instrumento de apoio aos meus alunos: os casos são resolvidos em sala de aula ou via email.
Cumprimentos
A intenção nao era criticar o professor, mas apenas ser frontal. No entanto, felicito-o pela frieza e compreensão que teve e fundamentalmente por não ignorar os meus comentários, ao contrário de quem devia e tinha obrigação de os esclarecer, mas simplesmente nao o fez, o q em boa verdade acaba por explicar a minha presença aqui neste blog. Tenho de procurar soluçoes para melhorar as minhas performances no Direito fora do ambito da minha universidade.
Cumprimentos
Em abono da verdade que a justiça nos permite, não posso deixar de tecer, aqui, um elogio negativo ao anterior comentador.
Seria importante que os seus comentários não fossem anônimos..
Abraço
Paulo... são coisas de anónimos...
Realmente não era má ideia que tivessem proposta de resolução, nem que fosse por tópicos. Quanto à originalidade dos casos práticos, pergunto-me se a um juiz chegam casos descritos desta forma ou se a um advogado chegam casos com tantos pormenores pouco relevantes para a resolução do caso, que mais não servem para distrair o aluno. Esperava casos mais "sérios", "reais".
Post a Comment