Madalena conheceu Cristina no primeiro dia de aulas; ambas eram caloiras e estavam a ser vítimas das tristes praxes académicas. Desde o momento em que os seus olhos se cruzaram pela primeira vez nasceu entre ambas uma perfeita empatia e cumplicidade. A amizade entre elas nasceu rapidamente e solidificou-se com o passar dos meses. Tornaram-se inseparáveis: onde uma estava a outra não tardava em aparecer com o seu sorriso, quando uma chorava a outra sofria, se uma estudava a outra também.
Houve um dia – porque nestas coisas há sempre um dia que é a soma de mil pequenas coisas – em que as amigas se olharam de forma diferente, encontrando nos recíprocos olhares uma luz que nunca tinham visto: estavam apaixonadas; contra preconceitos, medos e temores, contra escárnios e zombarias, Madalena e Cristina estavam apaixonadas e dispostas a lutar pelo seu amor.
Munidas da coragem que só o amor consegue dar um ano após o início da sua relação, optaram por casar.
Para viver escolheram um apartamento com uma deslumbrante vista sobre a planície. O apartamento pertencia a António e as amigas celebraram com ele um contrato em que ele se comprometia a vender e elas a comprar o apartamento; este contrato foi celebrado com duas tatuagens que simbolizavam a vontade das partes.
António anos antes tinha celebrado, relativo ao mesmo apartamento, um contrato com Bernardo, em que, caso decidisse vender, dava prevalência a António; porque Bernardo era do Benfica e António era do Porto, decidiu não o informar do contrato que ia celebrar com Madalena e Cristina.
Duas semanas após o contrato celebrado com Madalena e Cristina, António fez um contrato com Duarte, por escritura pública, registo e declaração expressa, em que António se comprometia a vender e Duarte a comprar o mesmo apartamento.
Logo no dia seguinte e ainda tendo por objecto o mesmo apartamento, António vendeu-o a Eduardo, que lhe ofereceu um valor bem superior.
Houve um dia – porque nestas coisas há sempre um dia que é a soma de mil pequenas coisas – em que as amigas se olharam de forma diferente, encontrando nos recíprocos olhares uma luz que nunca tinham visto: estavam apaixonadas; contra preconceitos, medos e temores, contra escárnios e zombarias, Madalena e Cristina estavam apaixonadas e dispostas a lutar pelo seu amor.
Munidas da coragem que só o amor consegue dar um ano após o início da sua relação, optaram por casar.
Para viver escolheram um apartamento com uma deslumbrante vista sobre a planície. O apartamento pertencia a António e as amigas celebraram com ele um contrato em que ele se comprometia a vender e elas a comprar o apartamento; este contrato foi celebrado com duas tatuagens que simbolizavam a vontade das partes.
António anos antes tinha celebrado, relativo ao mesmo apartamento, um contrato com Bernardo, em que, caso decidisse vender, dava prevalência a António; porque Bernardo era do Benfica e António era do Porto, decidiu não o informar do contrato que ia celebrar com Madalena e Cristina.
Duas semanas após o contrato celebrado com Madalena e Cristina, António fez um contrato com Duarte, por escritura pública, registo e declaração expressa, em que António se comprometia a vender e Duarte a comprar o mesmo apartamento.
Logo no dia seguinte e ainda tendo por objecto o mesmo apartamento, António vendeu-o a Eduardo, que lhe ofereceu um valor bem superior.
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