Marta estava a oferecer ao seu delicioso corpo uns dias de descanso, beneficiando dos prazeres do sol, presenteados por uma praia deserta; por isso, aproveitando o feriado, pegou no seu carro e rumou para uma paradisíaca praia algarvia. Como tinha um caso prático para resolver, levou consigo o seu portátil, navegando na net, enquanto outros ao longe surfavam na praia. Apesar da ansiedade de deixar envolver pelas quentes águas, decidiu aproveitar o aprazimento de uma viagem calma.
A sua música predilecta, cantada por Paulo Gonzo, entoava em alto volume no seu carro, foi interrompida por uma triste noticia que chocava a nação; na rádio desfilavam vozes que normalmente gritavam nos telejornais, que em tom compadecido, sussurravam expressões como "profundamente chocado", "abalado e triste", "uma enorme perda para o país".
Decidida a não se deixar entristecer, apressou-se a desligar o rádio e a fazer uma pausa para café, numa esplanada na deslumbrante Mértola. Regressada ao volante, decidiu prolongar a sua viagem junto ao rio e conhecer Alcoutim e as margens do Guadiana.
Foi já nesta estrada que sucederam os factos que aqui se relatam. Marta circulava em velocidade moderada quando, um táxi, conduzido em excesso de velocidade por Bernardo, empregado da empresa de Táxis “Vai comigo, não vás com ele”, que ao mesmo tempo que conduzia enviava sms de carácter impróprio à namorado do vizinho, embateu com violência no carro de Marta.
A tragédia de Marta ampliou-se quando ao sair do carro, ilesa; a sua saia ficou presa na porta, tendo-se rasgado. Assim, ficou apenas com o seu biquini pequenino às bolinhas amarelas que tinha comprado numa loja ao pé do liceu; curiosamente, os condutores, em catadupa, começaram a parar, solícitos para auxiliar a jovem desprotegida.
Um desses condutores, Carlos, hipnotizado pela beleza de Marta, perdeu o controlo do veículo tendo embatido na jovem, que estava no meio da estrada a conversas distraidamente com Fernando que morreu instantaneamente.
Os pais da jovem, inconformados, pretendem responsabilizar Carlos, Bernardo e a Empresa de táxis por todos os prejuízos, inclusive a morte da filha.
QVID IVRIS
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