Numa esplêndida noite de sábado, Susana foi andar de bicicleta no parque da cidade, de forma a preparar-se para encarar de ego elevado as férias de verão e, simultaneamente desfrutar da lua que magnânima iluminava a noite; o seu ex-namorado, que desde que foi trocado pelo simpático Jorge, desenvolveu uma fixação por ela, seguiu-a. A dado momento o seu cão – um perigoso pastor alemão – perseguiu a bicicleta, tendo derrubado e mordido furiosamente a amorosa Susana, nas pernas e braços, que, tolhida de medo, foi incapaz de esboçar uma reacção.O pânico de Susana apenas terminou quando apareceu Manuel: percebendo a gravidade da situação e temendo pelas consequências, retirou do carro a sua caçadeira e abateu o cão. Depois, ao constatar que o ex-namorado de Susana fugia do local, correu na sua direcção e amarrou-o a uma árvore, enquanto esperava pelos agentes da PSP e pelo INEM.O sofrimento de Susana agudizou-se porque o INEM demorou duas horas a chegar: ao chegar ao Hospital, já nada havia a fazer. A autópsia foi conclusiva: a morte teve como causa a perda de sangue derivada de Susana ter estado horas sem ser atendida.
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